NOTÍCIA

O novo sistema de bilhetagem implantado pela Auto Viação Chapecó objetiva facilitar aos usuários a compra de passagens, sem precisar ir à Central de Atendimento para a recarga do cartão.

Além disso, contribui para que o passageiro não necessite de dinheiro em espécie para embarcar no ônibus. Assim, significa facilidade e comodidade aos passageiros na compra de passagens, meios diferenciados para aquisição e maior agilidade no embarque.

O sistema anterior, lançado em 2001, permitia a recarga do cartão somente no atendimento presencial ou por meio de aplicativos em parceria entre a Auto Viação e universidades integradas. Além disso, a recarga também poderia ser feita por vale transporte através de contato direto das empresas com a Auto Viação.

Com o novo sistema, além da menor circulação de dinheiro nos ônibus, haverá cadastro único com todos os dados do cliente, com vinculação ao CPF. A recarga poderá ser feita via on-line, com disponibilização instantânea para pagamento feito através do PIX, no mesmo dia em caso de cartão de crédito e em 48 horas via boleto. Haverá, ainda, condições de uso de saldo de passagens nos ônibus por QRCode.

A implantação vem desde o ano passado e em março teve início o treinamento. O sistema foi desenvolvido pela Prodata e a previsão de entrada em operação é para julho próximo.

ÍNDICES DE PONTUALIDADE NESTE ANO

Através do sistema de bilhetagem, a Auto Viação possui o controle dos índices mensais de pontualidade. As viagens têm acompanhamento da administração municipal, através da Direto-ria de Segurança Pública, por meio do sistema de rastreamento e pelos fiscais do transporte. São verificados os horários de saída do terminal, com a tolerância de cinco minutos, e em caso de alguma inconformidade é realizado acompanhamento individual para identificar o motivo do atraso.

Em janeiro passado 93% das viagens foram realizadas pontualmente, em fevereiro foram 96% e em março 99,4%. Com isso, a média de pontualidade das viagens no primeiro trimestre foi de 96,13%.

As principais causas dos atrasos compreendem: grande volume de tráfego nas vias urba-nas, com seguidos congestionamentos nos horários de pico; ocupação indevida de espaços de estacionamento próximos a pontos de embarque e desembarque; acidentes de trânsito; fe-chamento de ruas para conserto; vias estreitas em determinados locais e carros estacionados dos dois lados; e maior volume de embarques e desembarques.

COMPROMISSOS E DIFICULDADES

O contrato de concessão, assinado em junho de 2019 entre a Auto Viação Chapecó e a administração municipal e que passou a vigorar em dezembro do mesmo ano, com valor de outorga de R$ 5,7 milhões, é válido por 20 anos e prevê que a empresa realize o transporte dos passageiros com as viagens dentro dos horários estipulados.

Também define o cumpri-mento das ordens de serviços recebidas do poder concedente, adequações e alterações de linhas e itinerários visando a melhoria da operacionalidade. Já ao poder público compete entre-gar condições favoráveis de mobilidade urbana, analisar sugestões para a melhor forma de operacionalizar os itinerários e linhas, fazer fiscalizações “in loco” quando houver reivindicações e manter sinalizações, demarcações e placas para a devida funcionalidade, de forma a facilitar a operação do transporte público.

Custo e valor da tarifa – Atualmente o custo da operação dos serviços executados pela Auto Viação Chapecó representa 55% a mais do que o valor tarifário estipulado. Para a tarifa a R$ 3,60, o custo de operação chega a R$ 5,59.

Um dos fatores de encarecimento da tarifa é representado pelas gratuidades, ou seja, pelo transporte gratuito de idosos com mais de 60 anos e de portadores de necessidades especiais e acompanhantes, pelo uso da mesma passagem para mais de um trajeto no sistema integra-do e pela metade da passagem de estudantes.

No primeiro trimestre deste ano, para a média mensal de 923 mil passageiros transporta-dos, 480 mil foram representados por gratuidades.

Subsídio – Uma das possibilidades de reduzir o valor da passagem para os usuários é por meio de subsídio, mediante investimento público no sistema para que a tarifa cobrada seja menor. Assim, o custo do transporte não recai somente sobre o usuário. Em função da relação custo x tarifa, o subsídio em Chapecó deveria ser de aproximadamente 50% do valor tarifário estipulado pelo poder concedente e do equilíbrio econômico-financeiro fixado no contrato de concessão.

Dificuldades atuais – As principais dificuldades de operação do sistema de transporte ur-bano em Chapecó envolvem o custo operacional, principalmente do diesel, a falta de vias ex-clusivas para a melhor locomoção dos ônibus, o aumento significativo do fluxo do trânsito e a consequente redução da mobilidade, a dificuldade de contratação de motoristas e a falta de moedas para o troco nos ônibus.