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NOTÍCIA
Com músicas, danças, apresentações e orações características, o encontro reuniu diversas vertentes da religião umbandista em prol da união de forças, conforme destacou a zeladora espiritual Neiza Pedretti. “Hoje estamos aqui para mostrar nossa religião, nossa fé, unir forças para que ela se estruture um pouco mais e seja vista de uma forma diferente e não da forma como ela é contada ou explicada por quem não entende dela. Queremos mostrar um pouco do que a gente acredita e aquilo que a gente pratica”.
A Umbanda é uma religião brasileira resultante da mistura de elementos de religiões africanas, indígenas, orientais e europeias. Por seu aspecto mestiço, a umbanda é considerada uma religião genuinamente nacional, porém conforme destaca o pai de Santo Alessandro, as pessoas lidam com estranhamento em relação a religião, e ações como essas são importantes para que as pessoas conheçam a umbanda. “A caminhada representa principalmente trazer a visibilidade para dentro da nossa religião, pois muitas vezes, as pessoas têm uma visão de nós como se fossemos de outro planeta. Essa caminhada é para trazer essa visibilidade que sim, nós somos afros-religiosos, mas cultuamos à Deus como todos”, afirma Alessandro.
A umbandista Sandra Adriana Alves participou da caminhada e também chamou atenção à importância desse evento para disseminar a religião e combater o preconceito religioso. “É pura prepotência pensar que existe um único caminho que leva as pessoas até Deus”. É preciso disseminar o amor, a diversidade, o respeito e a união e dizer não a intolerância religiosa e qualquer tipo de preconceito”.
Aqui também é Natal!
A caminhada que aconteceu pela terceira vez no município de Chapecó, faz parte das festividades natalinas da cidade, com apoio da Prefeitura Municipal de Chapecó, através da Fundação Cultural. Conforme explica a zeladora espiritual Neiza Pedretti, o natal também é comemorado pela Umbanda. “A maioria dos umbandistas tem vertentes cristãs, então ela se adapta, até porque a Umbanda é um misto de várias religiões, tem um pouco de cada crença, além da raiz afro”. O Babalorixá Yuri Antuê, que também participou da marcha afirma que o viés natalino umbanda e cristão é o mesmo. “O Natal não faz parte do nosso sincretismo, mas como bons brasileiros, adaptamos a nossa cultura também, e assim o Natal continua com o mesmo significado cristão: alegria, amor, harmonia, doação e unir a família”.
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"Caminhada pela fé reúne fiéis no Centro de Chapecó"
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